domingo, 28 de janeiro de 2007

RECOMENDAMOS ESPECIALMENTE: Calder no Brasil, exposição no Paço Imperial (Rio), até 11 de fevereiro. Um dos maiores artistas do séc. XX, Alexander Calder (1898-1976), com seus móbiles e suas pinturas, manteve uma forte relação com o nosso país. A presente exposição, com obras que, em sua quase totalidade, pertencem a museus paulistanos, é bastante significativa. Em cartaz, a excepcional Viúva negra, móbile de 1948.


BALAIO PORRETA 1942

Desde 1986
Rio, 28 de janeiro de 2007
Poema/Processo, 40 anos
Contato: balaio86@oi.com.br


Uma viagem sentimental pela
BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
:
600 livros indispensáveis (3/100)

Seridó
, de José Augusto. Rio de Janeiro: Borsoi, 1954, 288p. [] Um clássico dos estudos potiguares, incluindo A região do Seridó, Limites do Seridó com o Estado da Paraíba, Famílias seridoenses, Grandes figuras seridoenses, A cadeira de Gramática Latina na Vila do Príncipe e A imprensa do Seridó. O que seria do Rio Grande do Norte sem o Seridó? O que seria do Nordeste sem o Rio Grande do Norte? Para nós, um livro fundamental.

Antologia poética, de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963, 256p. [] “Hoje acabou-se-me a palavra,/ e nenhuma lágrima vem./ Ai, se a vida se me acabara/ também.// A profusão do mundo, imensa,/ tem tudo, tudo – e nada tem./ Onde repousar a cabeça?/ No além?// Fala-se com os homens, com os santos,/ consigo, com Deus... E ninguém/ entende o que se está contando/ e a quem... [...]” (Amém, p.40-41).

O pirotécnico Zacarias, de Murilo Rubião. São Paulo: Ática, 1974, 64p. [Com dedicatória, em Belo Horizonte, novembro 74.] A literatura fantástica em sua voltagem criativa mais apurada através de contos como O ex-mágico da Taberna Minhota, Os dragões, A flor de vidro, A cidade e O pirotécnico Zacarias. “A literatura é sempre uma transformação da realidade” (Murilo Rubião, em auto-apresentação, p.4).

Concepção dialética da história, de Antonio Gramsci. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966, 342p. [Adquirido em Natal, na Liv. Universitária, em 1966.] “Digamos, portanto, que o homem é um processo, precisamente o processo de seus atos. Observando ainda melhor, a própria pergunta ‘o que é o homem’ não é uma pergunta abstrata ou ‘objetiva’” (p.38). Um de meus primeiros contatos com a obra gramsciana.

História social do jazz, de Eric Hobsbawm. Pref. Luís Fernando Veríssimo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991, 316p. [] “O jazz não é simplesmente música improvisada ou não escrita. Porém, em última análise, deve basear-se na individualidade dos músicos, e muito provavelmente em suas improvisações efetivas – e é preciso que haja espaço para improvisações” (p.46). Um livro brilhante escrito por um grande historiador.

A mi no me grite, de Quino. Buenos Aires: Siglo Veintiuono, 1973. [Adquirido no Rio, na Leonardo Da Vinci, em 1973.] Quino não é apenas o criador da ótima Mafalda, é também um cartunista excepcional. Neste volume, há vários cartuns antológicos. O mais conhecido: diante de Carlitos jantando um simples bota (cena do filme Em busca do ouro), os pobres praticamente choram, a classe média ri com moderação e os ricaços dão verdadeiras gaitadas.


UM FILME PORRETA

The gold rush / Em busca do ouro (USA, 1925),
de Charles Chaplin,
com Charles Chaplin, Mack Swain, Tom Murray, Georgia Hale.
Chaplin/Carlitos numa das maiores comédias de todos os tempos: provavelmente, o ponto mais alto de uma carreira marcada por filmes que fazem do humanismo seu bem cultural mais valioso. Imperdível.


UM DISCO PORRETA

The ballad of the fallen,
de Charlie Haden, com Don Cherry, Sharon Freeman, Carla Bley e outros.
[ ECM 1248 (1983) ]

Principais faixas: The ballad of the fallen, If you want to write me, Grandola Vila Morena, Introduction to people, Silence, La Pasionaria, La Santa Espina, The people united will never be defeated. Um disco revolucionário: o Potemkin do jazz.

9 comentários:

o refúgio disse...

Caro Moacy: Parabéns pelo novo Balaio! Creio que o blogspot não vai "aprontar" com você não; Uma exposição de Alexander Calder é inesquecível, há dez anos vi uma em Sampa e fui chamada a atenção pelo segurança por ter tocado em um móbile, mas cara, foi irresistível, afinal eles são móbiles, não? Massa a viagem sentimental... Gostei da dica de História Social do Jazz e tb de Quino, (adoro Mafalda!); Chaplin é sempre genial; Putz, fiquei curiosa em conhecer o "Potemkin" do jazz, mas ele não é encouraçado, né? Beijos.

Francisco Sobreira disse...

É, Moacy, vamos ver se agora o problema fica de vez solucionado. É muito aborrecido esse problema com "comentários". Ultimamente, tenho-os vivido também. Gostei da inclusão de "O Pirotécnico Zacarias" na Biblioteca do s seus sonhos. Você sabe que eu tenho ele, enviado pelo próprio Rubião?. Pois é. Gentilmente, ele me mandou o seu livro, editado pela Ática, retribuindo o meu "A Morte Trágica de Alain Delon" que lhe enviei.Úm grande abraço.

o refúgio disse...

Voltei, voltei pra dar uma sugestão: talvez fosse interessante você deixar um aviso no Balaio Vermelho comunicando o novo endereço do blog, assim um(a)leitor(a) que não tiver sido comunicado(a), ou até mesmo um novo leitor do Balaio, encontrará o Balaio Porreta. Desculpe se estou sendo pretenciosa. Um beijo.

PS: Ôxe, que horário doido é esse? A minha postagem anterior foi por volta das quatro horas. Cê tá usando que fuso, Moacy?

Sobre disse...

Cara Sandra: Não há como editar mais nada no Balaio Vermelho; o Blogger.br fechou-me todas as portas. E o pior: Estou tendo dificuldades aqui também. Não sei ainda como vai ser, já a partir de amanhã. Um beijo.

o refúgio disse...

Entendo, entendo, isso aconteceu comigo quanfo o espaço de postagem do meu antigo blog UOL se esgotou. E também tive dificuldades em me adaptar ao blogspot. Até hoje não sei como editar uma lista de links no "refúgio". Minha ansiedade também atrapalha um pouco. Mas é normal, acredite. Vai dar tudo certo!Um beijo.

Wescley J. Gama disse...

Moacy, meu amigo de paragens seridoenses...vida longa a esse balaio porreta! Grande abraço curraisnovense.

Theo G. Alves disse...

é, moacy,
o blogger de vez em quando sai com umas... perdi O Centenário séculos atrás por causa de uma manobra que decretou o fim de contas gratuitas por lá...

e agora mesmo vou correr no Estante Virtual, ver se acho o livro do Eric Hobsbawm, sobre o qual tenho muita curiosidade...

grande abraço, moacy. e nós que tanto gostamos deste balaio te acompanharemos, tenha certeza.

George de Lucena disse...

Moacy: nó que foi difícil te achar aqui!

O "Seridó" me deixou cheio de água na boca. Vamos à busca!!!

pseudo-autor disse...

Achei seu blog através do sela de prata. Como o próprio nome diz: seu blog é porreta! Entre os livros gostei de O Pirotécnico Zacarias e A História social do Jazz (se bem que tudo que o Eric Hobesbaum escreve é ótimo). Em Busca do ouro, de Chaplin, é sublime (recomendo, caso não tenha visto ainda, Luzes da Ribalta). E para não dizer que preteri a parte musical, indico a trilha sonora do filme Nem tudo é o que parece (com canções de Rolling Stones, U2, The Who, Pink Floyd, entre outros).

Blog alternativo:
(http://cave.zip.net)